quarta-feira, 20 de maio de 2009

Relato da viagem a Fátima

Eram 7,30 da manhã quando arrancamos, para a grande odisseia, com o espirito aventureiro de quem ia dobrar a distância percorrida num dia, e ultrapassar os miticos 200 km, mais parecia algum companheiro do Lance no Giro(lol).


Andamos cerca de 20 km e encontramos um grupo de 30 ciclistas, que iam para a Fátima, desde já agradeço o vosso companheirismo nesta jornada, e perguntamos se iam para algum sítio em especial, ao qual obtivemos a resposta, que iam para Fátima, o que nos agradou, pois tinhamos companhia até ao nosso destino.


Lá fomos em pelotão, com um bom ritmo, pois iam dois ou três companheiros de asfalto que lhe davam calor e iam mantendo ritmo agradável. Em Estarreja houve a primeira paragem, rápida para tomar café, ao ir num grupo tão grande acontecem estas paragens, o que dá também para conhecer novas pessoas, e quem sabe novos colegas de treinos. Perto da Tocha houve reagrupamento do pelotão, sendo a próxima paragem para almoço na Figueira da Foz. Ao chegar à Figueira, foi aí que aconteceu o 1º imprevisto, pois foi aí que eu vi o quanta falta faz a boa hidratação e a alimentação, uma grande lição a apreender para utilizar no Iron Man, dada a falha perto da Figueira, houve um desencontro entre o pessoal e a minha pessoa e a Carlita, desde aí fomos sempre sozinhos.


Com 140 km passamos outra vez a estar abandonados no asfalto e com o tempo contra nós, foi aí, que eu um bocado irracionalmente e devido a um motivo de ter ficado sem mochila, comecei a aumentar a velocidade para ver se conseguia apanhar o pessoal,o que não aconteceu,pois só os apanhei em Fátima. Entretanto houve uns enganos no percurso, mas lá chegamos ao destino, mas a odisseia não acabava aqui, pois teriamos que ir apanhar o comboio a Tomar, o qual saia perto das 8 da noite e nós ainda eram sete e dez da tarde e ainda estavamos em Fátima, com maior ou menor esforço e já com 220 km nas pernas lá fomos nós a toda velocidade apanhar o comboio, o que conseguimos.


Nesta jornada, aprendi grandes coisas,que talvez esteja no bom caminho a preparação para o Iron Man quanto ao ciclismo, pois fiz sem grandes problemas o trajecto. Aprendi ainda que a alimentação deve ser das coisas mais fundamentais nesta prova e como tal, quando ouvimos os conselhos de quem ja o fez, é melhor segui-los, pois na verdade nota-se bem o efeito da falta deles. E que quando precisei ter forças, elas vieram não sei de onde, mas acho que a mente humana quando posta a prova, dá-nos grandes lições de vida, mostrando-nos que somos capazes de fazer coisas que julgamos que não conseguíamos .

2 comentários:

paulo miranda disse...

colocaste lá uma velinha?!

continuação de bons treinos para a prova, essa sim, mitica.

Rui Sousa disse...

Na bike, temos que comer sem ter fome e beber sem ter sede. Normalmente qd os sinais de fome e sede aparecem já é tarde...
Chama-se a isso aprender pelo caminho das pedras!!
O homem da marreta não perdoa ;)

1 abraço e continua a dar-lhe com alma
Rui Sousa